Com Reinaldo Benkhen, Salomith e Tadeusz

 

Conheci Cionyra num churrasco de final de ano do Carioca. Na época não era ainda sócia do CEC. Até hoje não esqueço da impressão que ela passou para mim…e não estava errada. Cionyra é o exemplo de mulher de fibra e ao mesmo tempo afetuosa. Como uma mãe deve ser. Esta entrevista foi feita no dia 1º de junho de 2010, na residência dela e na companhia do querido Tadeusz Hollup. Foi num dia chuvoso, mas havia um sol, cheio de vigor e aquecedor, este sol é Cionyra, que nos ilumina com sua sabedoria, amor pelas montanhas e pelo Centro Excursionista Carioca.

 

Cionyra, você está com quantos anos?
Daqui um mês exatamente eu faço 81

Que dia?
Primeiro de julho

Nasceu no Rio?
Nasci

E sua profissão?
Sou  contadora , secretária , secretária executiva. Ainda trabalho, mas já estou me desligando quase para o Ministro de Minas e Energia…Estou me desligando porque estou cansada, não faço mais o imposto de renda dele . Fiz durante quarenta anos e agora aos poucos estou me desligando.

E com que idade começou a escalar?
ih….agora você me pegou … Com 21 anos de idade

 


Na Agulha Guarish / Depois da conquista da Agulha Guarish

 

O que te motivou a escalar?
Foi uma amiga minha, colega de colégio , Wanda , ela disse que tinha entrado em um clube, que era muito bom fazer passeios e era para eu ir lá. Eu fui e ela não estava, fiquei por lá meio solta , mas aí um rapaz se aproximou e me amparou. Mostrou as tabuletas da programação e me convidou pra fazer uma escaladinha bem pequinininha nos 2 irmãos  de Jacarepaguá. Combinei com ele de fazer a escalada e quando chegou no dia cheguei lá com uma calça de gabardine  uma blusinha de renda decotada e um sapatinho de salto alto. Eles ficaram me olhando, “e agora…como é que vai fazer…”, aí um rapaz que estava falou que tinha um china pau  , um sapato de corda  extra e falou que poderia me emprestar, só que eu calçava 33 e ele calçava 37 / 38 . Sabe aquele sapato de palhaço quando o palhaço entra no picadeiro ….
Eu disse tá bom então eu vou , ai o Salú  (Salustiano Vieira da Silva) disse que a escalada era pequena, so que era chaminé, eu saí do outro lado cheia de fuligem, toda preta, perguntei se era por dentro ou por fora, ele disse que era por dentro.

O guia foi na frente feito gato, ai amarrou outra pessoa e eles foram subindo , quando chegou a minha vez disse pra mim “o que posso fazer? tenho que subir…” A duras penas e com o Salú me incentivando . Quando chegou lá em cima que eu olhei e eles estavam todos num platô batendo papo e olhando para baixo, todo mundo feliz batendo papo , eu cheguei perto , me recuei e encostei em uma pedra, escorreguei e fiquei sentadinha no chão até a hora de ir embora. Eu estava apavorada  com a altura , imagina para mim na época… era muito alto, quando chegou a minha vez de descer, eu achei que descer era melhor que subir, ai o Salú me mostrou  como é que fazia , um pé depois o outro , e vai indo…mão esquerda, pé esquerdo… ele desceu comigo. Quando estava no meio do caminho eu comecei a gostar da coisa. Já quando cheguei lá embaixo eu estava eufórica e nem sabia,  mas a montanha já tinha me agarrado . Daí em diante, eu tinha entrado para esse clube , o clube Excursionista Pico do Itatiaia, que é um clube que já fechou.

E eu me animei, quando chegou uns 2 domingos depois, eles fizeram um churrasco de aniversário num sítio em Jacarepaguá . Quando cheguei, fiquei meio cabreira porque vi que eles estavam dando coca cola com bebida alcoólica para as moças…Tinham 2 moças que já estavam mais pra lá do que pra cá. Fiquei achando que aquilo ia mal , aí um rapaz veio me oferecer também, mas eu disse “Não , muito obrigada !” , ele insistiu para eu tomar, mas eu disse que NÃO , ai pensei “Isso aqui não é a minha praia não…” Passei a mão na minha bolsinha e do sítio, cheguei em uma estrada e fiquei pensando, para esquerda ou para direita… me lembrei que o ônibus tinha vindo da direita, então fui para  direita. Era uma estrada de terra que não tinha mais fim , mas depois de andar um tanto no sol e sem comer , porque o churrasco não tinha saído ainda , eu cheguei num largo onde tinha um ponto final de ônibus , peguei o primeiro ônibus, nem sabia para onde estava indo, mas logo vi que ele ia para cidade. Quando cheguei em casa,falei para minha mãe: “Olha mamãe, aquilo lá não é muito legal não…eu não vou mais naquele clube”. Aí não fui mais… Quando foi um mês e pouco depois, o Salú apareceu todo destrambelhado, perguntei o que houve e ele disse que brigou naquele churrasco. Disse que um dos rapazes tinha começado a infernizar uma das moças assediando-a, e a moça dizendo , não , não , não  e aí ele então tomou as dores dela. Quando isso aconteceu o cara deu um soco nele e ele (Salú) quebrou tudo. Quebrou o clube todo , disse que não tinha ficado nem uma cadeira inteira e que era para não voltar mais lá .Aí eu disse: “Tá bom Salú, não volto..”Então ele disse que tinha achado um outro clube muito mehor do que esse, com um pessoal legal  e falou para eu ir na quinta feira. E  na quinta feira seguinte eu fui, mas o Salú não apareceu ,  acabou indo mais tarde.

Aí lá eu olhei…olhei aquelas listas todas de excursões que estavam na parede e então peguei uma lista, que era Pão de Açúcar / costão e me inscrevi . Botei meu nome na prancheta e nisso veio um cara de furioso perguntando o que é que eu estava fazendo. Disse que estava botando meu nome na lista Ele disse que eu não podia fazer isso, que lá eles tinham regulamentos e que eu tinha que começar com caminhadas; caminhadas leves , depois mais pesadas  e que só depois eu poderia fazer uma escalada leve  e assim riscou o meu nome. E ele riscou danado da vida, largou a tabuleta na parede e me deu as costas. Pensei comigo mesma e disse “Está bom…” dei as costas também, peguei o elevador e fui me embora… Então o Salú dias depois apareceu na minha casa e contei o episódio para ele e ele disse que não tinha problema, que tinha um outro clube em Copacabana que era muito melhor do que esses , era o CEC (Centro Excursionista Carioca), que o pessoal era bom, alegre, e eu disse, “Está bom, vou tentar mais uma vez” .  Aí numa quinta feira  apareci no CEC , nessa época a sede ficava numa loja na Galeria Menescal.  Cheguei lá e cadê o Salú ? Salú não tinha chegado , e fui entrando e de repente me assustei. Tinha uma escada  e um rapaz de repente, no meio do monte de conversas, música alta , desce e grita para todo mundo, “ Pessoal, garota nova !!“. Menina , fui um troféu;  uns 4 ou 5 desabaram por aquela escada abaixo … Eu me assustei, me encostei numa parede e até pensei, vou ser atacada… Aí vieram um monte de perguntas…Qual o seu nome, como você veio pra cá… isso e aquilo…e eu respondendo o que eu podia…então de repente chegou o Salú e me salvou daquela confusão .  Salô chegou falando que ia mostrar ao pessoal do CEB que eu era uma grande escaladora e que eu podia escalar o que eu quisesse e disse que ia me levar ao Dedo de Deus.. Na época eu não sabia nem o que era o Dedo de Deus… disse também que ia arranjar 2 guias do carioca e me levar . Ele arranjou os 2 guias, um se chamada Antônio Marcos de Oliveira e o outro Tadeuz Edmund Hollup.

O Salú tinha mania de aparecer lá em casa sempre na hora do almoço. Sempre entre 13…13:30 O Salú aparecia todo sábado , a gente sempre oferecia e ele sempre aceitava e já ficava para almoçar. E nesse dia o Salú aparece com esses 2 guias. Mamãe tinha feito uma bacalhoada para o domingo,  mas falou: “Bom,  vamos todos comer então”. O tal do Tadeuz, enfiou a cara naquela bacalhoada e depois ele até confessou que nunca tinha comido bacalhau . Pediu para repetir e ele só mandando para dentro …Depois minha mãe falou para o Salú nunca mais convidar aquele cara para comer porque ele devia passar fome, por isso era magérrimo! Aquele homem comia demais …não convida mais para almoçar porque ele comeu toda nossa comida… 🙂

O que achei interessante é que quando eles chegaram, esse cara ficou olhando para minha cara e olhando com cara de cabreiro para mim, e eu pensando: “ué  o que esse cara tá olhando tanto assim?” Aí ele perguntou se podia falar e disse que tinha me conhecido nas pedras da praia do flamengo um ano antes, que ele tinha mexido comigo e eu não tinha dado bola para ele . E eu não costumava mesmo ficar dando bola para nenhum gaiato que ficasse mexendo comigo , então nesse dia da praia eu peguei minhas coisas e fui embora e ele ficou lá falando sozinho … Então ele , Salú e Antônio Marcos me levaram ao tal do Dedo de Deus. Eles disseram que teríamos que dormir numa gruta, a gruta dos dedinhos, porque na época não se fazia a escalada o dia inteiro, pernoitava e continuava no dia seguinte para fazer o paredão , ai eu peguei, e coitadinha de mim, levei o pijaminha de florzinhas cor de rosa , mas como é que eu poderia colocar aquele pijaminha com todos os caras olhando para mim? Então peguei e coloquei ele por cima da roupa pelo menos serviria para esquentar. Aí no dia seguinte, quando chegou no paredão Vilela ,os gaiatos resolveram me botar medo e contaram a historia do Vilela que desceu  durante a noite  para pegar cobertor para as moças  que estavam morrendo de frio. De manhã quando viram ele estava espetado num galho . Fizeram um minuto de silêncio..Pensa que eu me apavorei? Eu não, fiquei olhando em volta… não tenho medo… Pensa que eu tenho ? Não , mas não vou dizer que nunca tive, algumas vezes mexeu comigo um pouco….

 



Cionyra – primeiro Dedo de Deus / Tadeusz e Cionyra – depois da chuva na Agulha do Diabo

 

Quantas vezes você fez a Galloti?
Quatro vezes – Fiz na inauguração, no primeiro aniversário, uma vez para levar um monte de gente e depois na comemoração dos 10 anos.. E Agulha do Diabo eu fiz duas vezes,. Uma delas foi uma tragédia debaixo de um temporal . O Escalavrado eu ia mas não fui  porque o Laércio, grande escalador e amigo foi e ele não gostava, xingava sempre o escalavrado, falava que  era uma porcaria sobe sobe e não chega a nada, sobe mais e nada, então eu não me animei e não fui. E assim eu fiquei no Carioca durante 53 anos.

Houve alguma resistência por parte da sua mãe quanto a escalada?
Não , as amigas dela mesmo perguntavam como é que ela deixava a filha dela dormir com um bando de homens no meio do mato, mas ela sempre falou que confiava em mim e nos amigos que ela já conhecia , como Salú, Tadeusz e outros amigos. Então ela deixava e eu sempre ia . Na Agulha do Diabo uma vez , tive que dividir a mesma barraca. Uma vez pegamos uma chuva, e todos ficaram molhados, aí eu entrei primeiro, troquei  a roupa e fiquei num canto virado para um lado, depois o Salú entrou se trocou e deitou do meu lado, e todos foram entrando, so o Tadeuz ficou para fora.Todo mundo procurando ele, e ele tava lá fora dormindo encostado numa pedra ,com a água escorrendo pelo nariz e ele nem aí, dormindo…

Você fez o curso básico?
Fiz o curso básico do carioca, o curso de montanha, aliás um lance muito gozado… fui fazer a prova de montanha no Nariz do Frade , e lá tem as escadas todas enferrujadas e o paredão da chaminé estava todo encharcada e o Ricardo Menescal, que era o organizador, falou pra mim: “Se você subir essa chaminé sem botar os pés nas escadas todas enferrujadas eu dou o seu diploma de guia de montanha na mesma hora!” Aí virei para ele e falei que se ele subisse primeiro eu subia atrás.. Mas é claro que ele não ia subir, tudo molhado …

Então você conheceu o Tadeuz no clube, que já tinha te visto em outro lugar .  O que o Tadeuz não conseguiu na praia do flamengo ele foi conseguir na montanha?
Sim, estamos juntos à 58 anos.

E essa história do casamento de vocês?
O negócio foi o seguinte; o Ricardo botou uma tabuleta no Clube para ir a Argentina, aí eu disse que queria ir e o Tadeusz também, mas estávamos noivos e mamãe não deixou, falou que ou ia um ou ia o outro, mas noivos não podiam ir os dois juntos. De repente ela virou e falou: “Então se casem … “ Mas eu falei: “Mamãe , vão pensar que estou grávida porque só faltam 2 meses para a viagem …” Ela vira e pergunta: “Mas você está grávida ?” Eu digo: “Eu não!”  e ela: “Então se quiserem viajar juntos, que se casem antes…” Ela fez um vestido de noiva para mim, muito bonito por sinal . E naquela época as igrejas eram cheias, tinha que marcar com antecedência, mas acabou que achamos uma igreja , Igreja de São Pedro, no Rio Comprido, que não tinha nem sido inaugurada e o padre concordou em fazer o nosso casamento. Até a festa como estava tudo ocupado para fazer festas no Buffet, a festa acabou sendo lá em casa. E assim foi…

E com isso nós fomos para a Argentina. Fiquei com as moças e o Tadeusz com os meninos , mas quando chegamos no hotel os gaitos pediram um quarto só para mim e o Tadeusz porque estávamos em lua de mel e assim foi. Quando fomos pegar um trem para ir para o Chile, a fronteira estava fechada por conta do mau tempo e nós tivemos que ficar dois dias em Mendoza . Como ninguém estava pensando em ir para o Chile, ninguém tinha levado dinheiro suficiente. Quando jantamos no hotel, comecei a notar que todo mundo estava meio risonho. Pagamos a conta e subimos. Quando abri a porta do quarto, tinha uma pilha de 10 colchões, aí eles rindo, falando que se a gente era escalador tinha que escalar os colchões… Aí riram e levaram os colchões embora e ficamos sossegados… Com a falta do dinheiro de todos, a Judith ajudou os que podiam e só sobrou para todos tomarem uma sopa…

Galotti , Secundo Costa Neto, Agulha Guarish, qual você gosta mais ?
A Galotti, porque é uma das  vias mais completas do Brasil. Lá tem de tudo: fendas, tetos , agarras e etc… eu sempre fazia a Galotti com tranqüilidade, eu me entalava e ia em frente. O Secundo é mais braço, naquele tempo era com cabo de aço então era mais fazer força na época, a Galotti já era uma via mais técnica…

E no CEC , quantas vezes você fez parte da diretoria  ou da presidência ?
Entrei como sócia apenas, mas o Ricardo Menescal me chamou para diretoria social, de lá fui para segunda tesoureira, depois tesoureira, fui diretora técnica, fui secretária, segunda secretária , no final eu dei uma de gaiata porque passei uns 3 ou 4 meses longe do Carioca estudando e cheia de coisas para resolver;  mas de repente recebi uma ligação porque o conselho ia se reunir para que todos os associados deliberassem sobre assuntos urgentes . Fui nessa reunião e o presidente, o Márcio Oliveira , tinha brigado com Ivan Mares, que sempre se metia em confusão. E o Márcio pediu demissão do cargo e disse que não queria mais continuar no clube, que ia se afastar. Aí ele botou em votação por 15 minutos para que todos decidissem quem assumiria a presidência do clube e do conselho , e se ninguém se manifestasse , ele fecharia o Carioca… Quando ele falou isso me assustei! Aí ele deu 3 minutos , no terceiro minuto,  eu crente que o Ricardo ia se levantar e se oferecer, e o Ricardo nem aí….resolvi falar que eu assumiria… E assim eu assumi, sem nem saber que rolo eu estava me metendo já que eu estava afastada. O clube não tinha nem mais sede, as coisas de material do clube estavam espalhadas nas casas de sócios, uma confusão… Fiquei pensando o que eu ia fazer, mas um associado novo, o Boaventura, ofereceu o atelier dele como sede. Podia abrir depois das 18 horas quando ele fechava o atelier e fazer a reunião, e assim foi. Perguntamos se ele queria que a gente pagasse o aluguel e ele não quis.  Acredita que 4 meses depois, fui chamada e intimada porque estava sendo acusada de não pagar o aluguel do atelier? E fui indiciada. Tive que tirar ficha, por as impressões digitais . A sorte é que meu tio era da cúpula da polícia e o Tadeusz levou ele lá. Meu tio rasgou a ficha e mandou que acabassem o processo porque a sobrinha dele não era ladra.

Depois disso fizemos umas reuniões na casa de um sócio, outras na minha , mas na época o Laércio falou que a gente tinha que ter uma sede própria , mas não tinhamos dinheiro… então ele lançou a idéia de lançar títulos de sócio proprietários… Enquanto isso, ele procurou uma sede , achou uma que era num prédio que estava pronto. Lançamos os títulos de sócios . Mas 1 ano depois a gente não tinha mais dinheiro para nada … Pensando o que ia fazer , fiquei uma noite em claro pensando como ia botar em ordem as prestações atrasadas da sede que era em 2 apartamentos… Depois de muito pensar eu resolvi vender um dos apartamentos para pagar o outro. E quando ia fazer isso, apareceu um sócio que tinha dinheiro e resolveu comprar o apartamento de cima ,ele foi ao tabelião, pagou as 2 dívidas e acabamos ficando com uma sede sem dívida nenhuma. No dia da inauguração, subi numa cadeira e declarei que estava inaugurado! Um sócio cobrou que tivesse uma plaquinha mas na época não tinha dinheiro..Então falei: “Ah não temos dinheiro e vai sem plaquinha mesmo!”

O  que o CEC significa para você?
(muito emocionada)
Tudo , a minha vida toda está lá dentro, casei lá dentro, todas as montanhas, todas os amigos, eu fiz muita coisa no Carioca, me dediquei ao Carioca de corpo e alma, o CEC é tudo pra mim…

Vocês são os nossos pais… sabem disso, né?
Eu sei.. Vocês falam que nós somos ícones, mas não é isso,  O carioca é muita coisa para mim…larguei praia, larguei bailes, larguei cinemas e fui só me dedicar ao Carioca, então ele é a minha vida, né….

De 1950 aos dias de hoje, no montanhismo, o que melhorou e o que piorou para você?
Não melhorou nem piorou nada não, está tudo igual… as montanhas continuam aí,  tudo igual.

Quando começou a escalar tinham poucas mulheres?
Sim, tinha poucas, Alice e algumas outras, mas quem ficou no clube escalando fui só eu e mais nenhuma moça .

Gostaria de deixar uma mensagem pras mulheres que escalam no Brasil?
Que continuem escalando , continuem honrando o nosso clube , com as duas ações, enfim, levando o nome do CEC para o cimo das montanhas, vocês que são o nosso futuro, de vocês dependem a sobrevivência do clube, se vocês deixarem de escalar , deixarem as montanhas tudo pode ir pór água abaixo porque os homens sózinhos não vão agüentar a barra, as mulheres é que são a base de tudo, elas são fora de série, elas sabem tudo, fazem tudo, parece brincadeira mas elas são muito melhores que os homens. Com todo repeito e tem exceções… Mas acho que em tudo elas são melhores e acho que podem superar tudo que quiserem!!!!

 


Conquista do Secundo

 

Entrevista concedida à Rosane Camargo
Fotos: arquivo pessoal
Agradecimento ao Waldecy Lucena pelas fotos e à Adriana Mello, pela digitação de toda entrevista que foi feita com gravador!