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A 2ª edição do Mulheres na Montanha em Orleans será realizada no Chapadão, comunidade rica em cultura, história e paisagens deslumbrantes da Encosta da Serra Catarinense.
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“A montanha não vai sair do lugar”

Salomyth Fernandes, montanhista

Devido à crise mundial do COVID-19, a principal recomendação é fique em casa! A comunidade de montanhistas e escaladores brasileiros tem se unido para estimular e promover a contenção da propagação, cancelando eventos, festivais, reuniões de clubes, palestras, etc. 

Individualmente é também necessário tomar decisões que considere não apenas nossas necessidades, vontades e projetos. Devemos considerar a perspectiva das pessoas mais vulneráveis​​, e acima de tudo, devemos pensar coletivamente como sociedade.

Como escaladores e montanhistas, estamos acostumados e nos beneficiamos de uma vida ao ar livre e em contato com a natureza. Entendemos o impacto que a quarentena e o isolamento têm nas nossas vidas. Mesmo assim, devemos cumprir rigorosamente as medidas de prevenção estabelecidas pelas autoridades e órgãos de saúde para conter a propagação do vírus. O respeito por essas medidas também garante que os serviços médicos e de resgate sejam direcionados às pessoas mais necessitadas.

Devo viajar para escalar ou fazer trilhas?
• Não é o momento de viajar recreativamente, nem mesmo nos diversos feriados que virão em breve. Se já tiver viagens programadas, considere adiá-las para depois da crise.
• Se pensou em viajar para fugir das aglomerações da cidade, pense de novo! Muitos de nós podemos já estar transmitindo o vírus sem nenhum sinal ou sintoma e muitos locais de escalada e montanhismo são comunidades pequenas e rurais com acesso limitado a serviços médicos, como Três Picos (RJ), Pedra do Baú (SP), Serra do Cipó (MG) e outras.

Devo continuar praticando o montanhismo: trilhas e escaladas em áreas externas? 
• As recomendações dos órgãos de saúde são para que todos fiquem em casa e em alguns locais do Brasil, as autridades decretaram quarentena e total isolamento social. Respeitem essas regras.
• Onde a quarentena ainda não foi decretada, a prática de exercícios ao ar livre pode ser uma alternativa dependendo da evolução do número de casos na sua região e das recomendações dos órgãos de saúde, para cada cidade e estado[1]. Mesmo assim, considere minimizá-la. 
• Muitos locais de montanhismo estão fechados no momento. Verifique a situação da área antes de ir
• A escalada não é recomendável, pois tem características que facilitam a transmissão do vírus pelo toque na rocha, compartilhamento do equipamento, proximidade ao dar segurança, rapelar e o caráter eminentemente social do boulder. 
• Se optar por caminhar em trilhas, faça-o perto de casa, na sua própria cidade, evite o uso de transportes públicos e evite lugares com muitas pessoas.
• Como sempre, esteja consciente dos riscos, o que neste momento inclui questões mais amplas do que os nossos objetivos e projetos pessoais.
• Aumente a prudência!
Eventualmente o montanhismo pode demandar resgates ou atendimentos médicos, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde.
• Avalie o local onde está.
Mantenha-se distante de outras pessoas no mínimo por 2 metros. Se tiver muita gente, volte outra hora ou outro dia. 

Se optar por praticar montanhismo, lembre-se:
• Vá a pé, de bicicleta ou use transporte privado;
• Opte por horários fora do pico e locais menos populares; 
• Dê preferência por parceiros com quem o convívio diário já ocorre de qualquer forma, como familiares e colegas de trabalho;
• Não compartilhe comida ou água;
• Evite contatos físicos com outras pessoas;
• Leve álcool gel e faça constantemente a higienização das mãos;
• Ao voltar para casa, siga as recomendações de higiene: deixe os sapatos do lado de fora, tome rapidamente um banho ou ao menos lave bem as mãos, rosto e antebraços; cuidado com as roupas e a limpeza de equipos, evite sempre tocar o rosto e outras. 

Essas são recomendações e reflexões de acordo com o que se sabe sobre o vírus no dia de hoje (informações disponíveis nos websites do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde) e podem mudar na medida em que novos avanços sejam feitos. 

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